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Humilhado por petistas e à espera da cassação, Sponton serve de lição para moralização da política 47543l

Comissão Processante aprovada nesta terça-feira pela Câmara para supostamente cassar Emanoel Sponton não é motivo para comemorações, mas de se lamentar os danos que grande parte da classe política está causando ao município. Também é hora de reflexão sobre as mazelas ocasionadas pelos desmandos provocados nestes últimos anos à nossa população. 3y5q2n

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Emanoel Sponton se defendendo nesta terça-feira e falando de si próprio

Com exceção a Aluísio Braz (Boi) do MDB, Rafael de Angeli (Republicanos) por ser o presidente da Câmara e Geani Trevisóli (Partido Liberal) que faltou mediante apresentação de atestado médico, 16 vereadores votaram nesta terça-feira (13), autorizando a abertura de uma Comissão Processante para analisar o envolvimento de Emanoel Sponton, no propalado caso da “rachadinha”. Por ser o presidente do Conselho de Ética e estar impedido de votar, Aluíso Braz foi substituído na sessão pelo suplente Gerson da Farmácia.

Segundo consta o parlamentar que está em seu segundo mandato exigia parte do salário de suas assessoras para custeio das atividades da Associação dos Moradores do Jardim das Hortênsias, que seria istrada pelo seu pai. Consta que de uma das assessoras estaria entregando cerca de R$ 2 mil mensais, ou seja, 50% dos seus vencimentos.

O desvio dos salários das trabalhadoras, via PIX, tinha como alvo a conta bancária da mãe de Sponton. Por cerca de 14 meses a organização familiar se viu beneficiada com recursos públicos, caracterizando corrupção. Os comprovantes dos depósitos estão no Ministério Público e foram endereçados para o Conselho de Ética da Câmara.

O presidente do conselho, Aluísio Braz, o Boi, abriu a sessão discorrendo sobre o que ele e os demais membros receberam de informações das pessoas chamadas para depor, bem como tiveram o aos documentos enviados pelo Ministério Público, onde corre uma investigação paralela sobre a prática da “rachadinha”.

Minuto a minuto o ambiente se tornou tenso, porém o vereador do Progressista se manteve calmo, ainda que tenha permanecido submisso ante as declarações disparadas pelas vereadoras do Partido dos Trabalhadores: Filipa Brunelli e Maria Paula Vieira. Em alguns momentos – Emanoel Sponton, sentado no plenário, demonstrou estar incomodado com as manifestações das vereadoras, dada a violência dos termos utilizados.

Placar mostra votação dos vereadores

Com a Comissão Processante definitivamente instaurada, o processo continua na Câmara Municipal, já correndo o prazo de 90 dias para sua conclusão e decisão sobre a cassação por quebra de decoro parlamentar. Em havendo a perda do mandato no Legislativo, o vereador do Hortênsias poderá ficar inelegível por até 8 anos. Ao mesmo tempo, ele corre o risco de ser punido criminalmente na Justiça.

Mas, segundo consta poderia ter renunciado ao cargo dentro do prazo e, neste caso, perderia apenas o restante do mandato e tentaria de novo a cadeira em 2028, mesmo com sua estrutura eleitoral abalada. Renunciando, pode ser também que se manteria na política ingressando como assessor parlamentar de algum deputado visando manter o padrão de vida e sua base eleitoral bem próxima.

Como Aluísio Brás (Boi) argumentou as provas são consistentes para direcionar o caso à Comissão Processante, mostrando que a cassação será inevitável. No caso, a renúncia teria sido então o caminho para evitar o desgaste político da frente que representa o prefeito e da própria Câmara presidida por Rafael de Angeli.